Dia 19, Dease Lake to Stewart

Bem, hoje foi um dia de multiplas faces. Comecou chato, aborrecido com chuva e frio mas, quentinho gracas ao casaco aquecido, e as ditas áreas de construção com lama misturada com gravilha molhada que escorrega como tudo. A estrada era fraca as vistas eram básicas nada de especial ao ponto de pensar, mas o que é que andamos aqui a fazer? Mas parece que a mãe natureza pressente este sentimento, e tira da manga mais um trunfo, de repente como por magia a paisagem muda e mostra a razão pela qual decidimos fazer esta viagem. E pena que as fotos não conseguem mostrar nem 1% da grandeza destas paisagens. No meio deste espetáculo um urso grizzly ainda jovem, decide atravessar a estrada mesmo á nossa frente e parámos, ele por sua vez, também parou a uns 10 metros de nós. Trocámos olhares durante alguns segundos, mas como não havia nada para dizer ele foi a vida dele e nós á nossa. Terminamos o dia numa terrinha diferente, antiga e com muito charme mesmo na fronteira com o Alaska. No outo lado da fronteira está Hyder uma aldeia dificil de descrever para quem não conhece. Não pagam impostos, nao há policia, não há camera municipal. Apenas uma associação de moradores que tomam conta de tudo. O mais insolito é que o regresso de Stewart no Canada havia fronteira (e so há uma rua para entrar e para sair) então tivemos que passar pela imigração mostrar passaportes, responder ás perguntas do costume: De onde é que veem? Ahhh!! Só há uma rua! A fronteira está a uns escassos 20 metros do começo de Hyder, entra-se e sai-se pelo mesmo sitio e a estrada termina em Hyder, não há nada para lá.